quarta-feira, 9 de março de 2011

TABELA ELABORADA PARA ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DA ESCRITA DOS ALUNOS
NÍVEL DE ESCRITA CARACTERIZAÇÃO EXEMPLOS:
 BRIGADEIRO
 PIPOCA
 SUCO
 BIS
PRÉ-SILÁBICA Grafismo Primitivo Predomínio de rabiscos e pseudo-letras. A utilização de grafias convencionais é um intento para a criança.
Desenvolvem procedimentos para diferenciar escritas.

Escrita sem controle de quantidade A criança escreve ocupando toda a largura da folha ou do espaço destinado a escrita. ARMSMOHAORUILNMAMTOXAMHNTSKHUIMHOTIPERTCLMNBOATRO
Escrita Unigráfica A criança utiliza somente uma letra para representar a palavra. A
L
F
C
Escrita Fixa A mesma série de letras numa mesma ordem serve para diferenciar nomes.
Predomínio de grafias convencionais. ALNI
ALNI
ALNI
ALNI
Quantidade variável
Repertório Fixo/Parcial Algumas letras aparecem na mesma ordem e lugar, outras letras de forma diferente. Varia a quantidade de letras para cada palavra. SAMT
AMT
AMTSA
SAT
Quantidade constante
Repertório variável Quantidade constante para todas as escritas. Porém, usa-se o recurso da diferenciação qualitativa: as letras mudam ou muda a ordem das letras. HRUM
ASGK
ONBJ
CFTV
Quantidade variável
Repertório variado Expressam máxima diferenciação controlada para diferenciar uma escrita de outra. RAMQN
ABEAMF
GEPFA
OSDL
Quantidade e repertório variáveis.
Presença de valor sonoro início e/ou fim. Variedade na quantidade e no repertório de letras. A criança preocupa-se em utilizar letras que correspondem ao som inicial e/ou final. IMSABRO
IBRNSA
URMTO
INBOXIX
SILÁBICA Sem valor sonoro: a criança escreve uma letra para representar a sílaba sem se preocupar com o valor sonoro correspondente. R O M T
B U D
A S
R
Iniciando uma correspondência sonora: a criança escreve uma letra para cada sílaba e começa a utilizar letras que correspondem ao som da sílaba. I T M O
P Q A
R O
G I
Com valor sonoro: a criança escreve uma letra para cada sílaba, utilizando letras que correspondem ao som da sílaba; às vezes usa só vogais e outras vezes consoantes e vogais. I A E O – B H D O
I O A – P O K
U O – S C
I S – B I
Silábico em conflito ou hipótese falsa necessária: momento de conflito cognitivo relacionado à quantidade mínima de letras (BIS/ISIS) e a contradição entre a interpretação silábica e as escritas alfabéticas que têm sempre mais letras. Acrescenta letras e dá a impressão que regrediu para o pré- silábico. B H D U L E
I O K E C
U O K U
I S I S
SILÁBICA - ALFABÉTICA A criança, ora escreve uma letra para representar a sílaba, ora escreve a sílaba completa. Dificuldade é mais visível nas sílabas complexas. B I H D R O
P I P O K
S U K O
B I Z
ALFABÉTICA
A criança já compreende o sistema de escrita : produz escritas alfabéticas, mesmo não observando as convenções ortográficas da escrita. BICADERO
A criança já compreende o sistema de escrita : produz escritas alfabéticas, observando algumas as convenções ortográficas da escrita. BIGADEIRO
A criança já compreende o sistema de escrita : produz escritas alfabéticas, sempre observando as convenções ortográficas da escrita. BRIGADEIRO
Essas informações são parâmetros que ajudam a compreender as hipóteses das crianças sobre o sistema de escrita e assim poder planejar e intervir intencionalmente para que avancem. As crianças são complexas e muitas vezes não se encaixam nas “gavetinhas”, é preciso investigar, usando diferentes estratégias para conhecê-las.

BOAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO

• Diariamente leitura de histórias (.... assim como poesias, parlendas, notícias) feita pelo professor, sempre de qualidade e de interesse dos alunos, num clima de magia e encantamento.
• Utilizar a lista de nome dos alunos da classe para realizar diversas brincadeiras (forca, procure seu nome, procure o nome de tal colega, apague seu nome na lousa, dizer onde está o nome de determinada criança dentre 3 que comecem com a mesma letra, etc.). Essa lista de palavras, que logo será memorizada pelos alunos, atuam como palavras estáveis que fornecem muitas dicas para a aprendizagem do sistema de escrita tais como o nome das letras, que sonoridade possuem quando se juntam como saber que com o CA de CAMILA eu posso também escrever o CA de CADEIRA.
• Professor escreve na frente do aluno e lê o que está escrevendo ou já escreveu (o que vai ter na merenda, o título da história que será lida, etc.).
• Os alunos ditam textos memorizados para o professor escrever (parlendas, poesias, letra de música que estão aprendendo para ampliar seu repertório, para se divertir ou para uma apresentação na reunião de pais...).
• Os alunos escrevem palavras que o professor propõe (listas com 4 ou 5 palavras de brinquedos, objetos, animais), o professor solicita que cada criança (algumas a cada dia) leia o que escreveu apontando onde está escrito.
• Propor que os alunos leiam (antecipando) o título do livro que vai ser lido, pois a ilustrações lhe dão pistas e a criança já tem algum conhecimento sobre o sistema de escrita.
• Propor que localize onde está escrito determinadas frutas numa lista que o professor escreve na lousa e informa que lá foi escrito nomes de frutas (o aluno sabe o que pode estar escrito lá).
• Propor que localizem onde está determinado título de histórias na lista de Histórias lidas naquela semana.
• O professor escreve 3 palavras (ex.: CAMELO, CAVALO e CACHORRO), informa aos alunos o que escreveu e estes precisam dizer onde está escrito o quê. Aqui o início e o final das palavras são semelhantes então os alunos precisam se atentar ao meio das palavras, já é um desafio maior.
• Fornecer as letras justas, ou seja, todas e nenhuma a mais nem a menos, de determinada palavra ou verso/estrofe de poesia ou música, informando que ali estão TODAS as letras para escrever ELEFANTE ou O SAPO NÃO LAVA O PÉ, por ex., e o aluno ou dupla de alunos com hipóteses de escrita próximas, têm a tarefa de escrever e não deixar sobrar nenhuma letra.
• Cruzadinhas com banco de palavras.

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