segunda-feira, 7 de março de 2011

Gosto




Gosto de roçar, de vez em quando,

A minha língua nas palavras.

Fazer-lhes cócegas

E deixá-las vir a mim,

Sem sofrimento, sem angústia,

Sem, muitas vezes, necessidade.

Sem compromisso.

Gosto de senti-las escapando dos meus pensamentos

E passando para os rabiscos que compartilho

Com todo aquele que tiver interesse

Nas minhas palavras.

Não sou poeta.

Não sou tão “louca”, “desvairada”, “faminta” por “novas”

Palavras,

Como aqueles que, com grande maestria,

Diria até, cheios de inspiração mágica,

Possuem-nas e liberam-nas em forma de POESIA.

Aqueles que, com muito respeito e carinho,

Eu chamo de poetas.

Porque, diferentemente de mim,

Escrever , para eles, é mais que diversão:

É o enamorar-se pelas palavras

E, através delas, encantar a todos.

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