segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Castigo
“Na tua revolta profunda
Pela cor de tua pele
Manejas teu estilingue
Menino, negro menino
Tua pele tem a cor da noite
Menino dos pés descalços
O mundo não te acolheu?
Sua cor te ofendeu?
E a ti fizeste sofrer?
Menino dos pés descalços
Devia brigar contigo
Mas não! Vou dar-te outro castigo
Darei-lhe um par de sapatos
E te farei crer no amanhã!”



“De cada duas crianças pobres, uma trabalha, descadeirando-se
em troca de comida ou pouco mais. Vende quinquilharias nas ruas,
é a mão-de-obra barata das indústrias de sapatos de exportação. E
a outra? De cada duas crianças pobres, uma sobra. O mercado
não precisa dela. Não é rentável, jamais o será. E quem não é
rentável – e isso já se sabe - não tem direito à existência.”

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